Vez ou outra, tem-se o privilégio de acompanhar o surgimento de um grande ícone, pessoa cujo trabalho impressiona não apenas pelas idéias e inspiração, mas pela capacidade de reunir o povo diante de uma cultura. Um artista completo, que tenha representado com tanta força os diversos aspectos do Nordeste com uma simplicidade audaciosa, tornando-se assim mais do que símbolo do patrimônio artístico nacional. Simplório em suas esperanças e convicções, o pernambucano sertanejo Luiz Gonzaga nunca perderá seu brilho. Um guerreiro de causa única, que embainhava sua sanfona pelos quatro cantos do país, na incansável luta dos nordestinos para defender sua terra tão sofrida e cansada. Gonzaga é a asa branca da liberdade cultural de um povo simples e obstinado. É o luar límpido do sertão nas nossas aflições, arrastando milhares de fiéis pelos caminhos da cultura popular em busca de seus sonhos. Sua música, sua obra, sua herança, nos faz pensar na nossa alma nordestina, no amor incondicional às nossas tradições. Luiz, Gonzaga, Gonzagão, Seu Luiz, Mestre Lua, várias eram as formas de chamá-lo, mas era singular a que ele encontrava para estar sempre próximo do povo: o baião.
O show, idealizado pelo cantor Ed Carlos e produzido pela Associação Satélite, fez parte da programação do XVII Janeiro de Grandes Espetáculos reunindo uma bela coletânea de músicas do Rei do Baião. O projeto é um retorno ao passado nas sonoridades do autêntico forró e na poesia das histórias e “causos” de um tempo em que o ritmo era formado apenas pela sanfona, triângulo e zabumba.
As músicas foram escolhidas numa votação popular em um concurso promovido pela Rádio Jornal em 1995, numa iniciativa do apresentador Ednaldo Santos. Foram cerca de 500 mil votos que elegeram as dez mais bonitas, interpretadas pelo cantor Ed Carlos durante dez semanas de programação, especialmente dedicada à memória de Gonzaga. Após 13 anos, Ed resgatou o projeto Rádio do Povo, regravando com os arranjos originais de Seu Luiz e transformando tudo no CD “É DO POVO”, uma obra que se propõe à reflexão das mudanças, intervenções estéticas e técnicas realizadas ao longo do tempo no forró; estilo musical que se fez conhecido no Brasil e no mundo por Gonzagão.
Grandes nomes do cenário musical prestigiam o projeto “É DO POVO, É DE PERNAMBUCO, É DO REI DO BAIÃO” no ano que antecede o centenário do Rei Luiz. Cezinha do Acordeon, Arlindo dos 8 Baixos, Santanna, Mestre Camarão, Ronaldo Aboiador e Ed Carlos reunidos no Teatro Santa Izabel fizeram um grande espetáculo do forró e do baião.
Por Ana Janovitz da ComunicaRec, em homenagem ao rei e a todos que participaram do evento.
Vez ou outra, tem-se o privilégio de acompanhar o surgimento de um grande ícone, pessoa cujo trabalho impressiona não apenas pelas idéias e inspiração, mas pela capacidade de reunir o povo diante de uma cultura. Um artista completo, que tenha representado com tanta força os diversos aspectos do Nordeste com uma simplicidade audaciosa, tornando-se assim mais do que símbolo do patrimônio artístico nacional. Simplório em suas esperanças e convicções, o pernambucano sertanejo Luiz Gonzaga nunca perderá seu brilho. Um guerreiro de causa única, que embainhava sua sanfona pelos quatro cantos do país, na incansável luta dos nordestinos para defender sua terra tão sofrida e cansada. Gonzaga é a asa branca da liberdade cultural de um povo simples e obstinado. É o luar límpido do sertão nas nossas aflições, arrastando milhares de fiéis pelos caminhos da cultura popular em busca de seus sonhos. Sua música, sua obra, sua herança, nos faz pensar na nossa alma nordestina, no amor incondicional às nossas tradições. Luiz, Gonzaga, Gonzagão, Seu Luiz, Mestre Lua, várias eram as formas de chamá-lo, mas era singular a que ele encontrava para estar sempre próximo do povo: o baião.
O JC On line divulga agenda dos grandes eventos, que acontece hoje no recife, entre eles o Janeiro de Grandes Espetáculos, que acontece no Santa Isabel e recebe o cantor Ed Carlos em uma homenagem ao Rei do Baião, Luiz Gonzaga.
